segunda-feira, 15 de fevereiro de 2016

O Rito Extraordinário da Igreja

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 1. O que é o Rito Extraordinário?
      A Santa Missa que temos hoje, que faz parte do Rito Ordinário da nossa Igreja (aquela que ocorre sempre), não foi a mesma desde o princípio da Igreja. As primeiras Santas Missas eram de costas para o povo, que em latim diz-se Versus Deum (voltado para Deus)e rezada toda em latim e os paramentos dos sacerdotes eram um pouco diferentes dos de hoje. Depois do Concílio Vaticano II, uma grande reunião de bispos com o papa, a Igreja fez uma revisão deste antigo rito, formando uma nova liturgia, assim, realizando uma reforma para a Missa do Rito Antigo, e transformando-a no que é hoje. Podemos notar as diferenças já na posição do sacerdote, onde ele fica virado para o povo, em latim diz-se Versus Populum (voltado para o povo), e a Missa já é rezada em língua vernácula, ou seja, na língua oficial da região onde é celebrada.
      Porém, a Santa Missa na forma extraordinária NÃO ESTÁ PROIBIDA, OU ABOLIDA, ela ainda é aceita pela Igreja Católica, mas é pouco celebrada em comparação ao Rito Novo.   
2. Vídeos oficiais da Santa Sé, para referência aos padres que queiram celebrar a Missa no Rito Extraordinário
     Trago-lhes hoje 5 vídeos oficiais da Santa Sé, criados pelo Vaticano, mostrando detalhadamente cada passo a ser seguido durante a Santa Missa do Rito Antigo, também chamada de Rito Extraordinário, Missa de Sempre, Missa de São Pio V, bem como outros nomes; todos estes são atribuídos à mesma forma do Rito Extraordinário.







                    
http://upload.wikimedia.org/wikipedia/commons/0/02/Missa_tridentina_002.jpg
     3. Conclusão

 A dimensão da Liturgia Antiga é imensa, realmente fantástica! Tem um significado muito profundo e se faz necessário que os antigos costumes da Igreja sejam plenamente preservados com sabedoria. A intenção do Concílio Vaticano II foi de proporcionar uma mudança em diferentes aspectos do Rito para que fosse atendido o principal objetivo desta reunião de bispos do mundo inteiro e do papa João XXIII, e depois com o papa Paulo VI, de fazer a participação dos fiéis ATIVA, CONSCIENTE, PLENA E FRUTUOSA, como dizem os próprios documentos do Concílio. 
Ambos os ritos nos proporcionam poder conhecer um pouco mais da Graça de Deus por meio da Celebração da Eucaristia. Cada um, ao seu modo, e com suas particularidades, não deixam de colocar como centro da celebração Nosso Senhor Jesus Cristo. Ele é para onde todo nós devemos nos voltar e, à exemplo dEle, sermos verdadeira Luz neste mundo de tanta escuridão e esquecimento das coisas de Deus. 

sexta-feira, 5 de fevereiro de 2016

O que é o Tempo da Quaresma?

Ilustração de Cristo no deserto
     Chama-se Quaresma os 40 dias anteriores à Ressurreição do Senhor. Neste tempo, todos os fiéis católicos entram em um período de intensa preparação para a maior solenidade da Igreja, a Páscoa de Nosso Senhor Jesus Cristo. A Quaresma tem início na Quarta-feira de Cinzas e termina na manhã da Quinta-feira Santa. Temos como exemplo para viver a Quaresma, o tempo de 40 dias que passou Cristo no deserto, se preparando para seu maior ato de amor por toda a humanidade, sua morte de cruz.
     O tempo total da Quaresma é, na verdade, de 47 dias, entretanto os 7 dias que sobram, são os Domingos, Dia do Senhor. Os Domingos já são dias santos de guarda dedicados ao Senhor, por isso não se contam.
     Os números 4 e 0 constituem para nós, cristãos, um grande significado. Nas Sagradas Escrituras, o número quatro significa o universo material. Os zeros, o número de dias que ficaremos na Terra, como significação de uma passagem muito rápida por aqui. Somos seres criados para vivermos juntos de Deus, com os Anjos e Santos na Glória Eterna, no Céu, mas isso nos foi impossibilitado pela queda no Éden. O tempo de 40 dias é mencionado na Bíblia ao menos três vezes: os 40 dias do Dilúvio, os 40 anos de peregrinação do povo de Israel em busca da Terra Prometida e 40 dias de Moisés e de Elias na montanha, e ainda, dos 40 dias de Jesus no deserto.

Foto
Papa Francisco proferindo sua
homilia e usando paramentos
 roxos. 
      Para muitos teólogos a Quaresma é o "tempo favorável", em que torna-se ainda mais possível a redescoberta e o aprofundamento do autêntico discípulo de Cristo. É um tempo de conversão espiritual, um tempo de total preparação para reconhecer que Cristo morreu por amor, para nos salvar. O Sacramento da Penitência, ou Confissão, toma uma dimensão ainda maior que em outros tempos. Devemos lembrar que "Deus nunca cansa de perdoar; nós é que, por vezes, nos cansamos de pedir perdão" (Papa Francisco).
    Dentro desta conversão somos convidados pela Igreja para viver ardentemente a oração, o jejum e a esmola (ou caridade), através do Evangelho lido na Quarta-feira de Cinzas. 


"O que a oração pede, o jejum alcança e a misericórdia recebe. Oração, misericórdia, jejum: três coisas que são uma só e se vivem reciprocamente" (Pedro Crisólogo, Sec. IV).
(há uma postagem especial sobre os exercícios espirituais da Quaresma: clique aqui!)
Papa Bento XVI em procissão e
 usando paramentos 
 róseos.
 
     A cor litúrgica deste tempo é o roxo, que significa penitência e conversão às coisas de Cristo. No entanto, no penúltimo domingo da Quaresma, o 4º, também conhecido como Domingo Laetare (do latim, Domingo Feliz), é permitido que se use paramentos róseos. O rosa, ou róseo, é a união da cor roxa com a branca, se o roxo significa penitência e o branco alegria, o róseo quer dizer que ainda estamos em um tempo de penitência e oração, mas este tempo está próximo de acabar para que a Páscoa do Senhor possa ser celebrada.
     Há algumas particularidades neste tempo da Quaresma, uma delas é que se omitem alguns cantos, o "Glória a Deus nas Alturas" e o "Aleluia". Estes dois cantos são os mais alegres na Liturgia, mas neste tempo roxo, estamos vivendo um período de recolhimento. É claro que estamos alegres pelo fato de cada vez mais estarmos perto da Páscoa do Senhor, mas precisamos viver intensamente este momento de interiorização para podermos estar preparados para o grande dia da Ressurreição do Senhor. Para mantermos o clima de sobriedade que a Quaresma exige, devemos fazer o máximo de silêncio na Santa Missa, por isso esses cantos não são cantados. Devemos também deixar de usar os instrumentos para o canto que possuem maior potência de som, bem como não batemos palmas ou acenamos com as mãos, tudo isso para guardarmos toda nossa alegria para o dia da Páscoa.

| Referências:
FERNANDES, Ir. Veronice (PDDM). A Liturgia no Tempo da Quaresma (I). Curitiba, 2009.
FRANCISCO, Papa. Homilia durante a Santa Missa na Igreja Santa Ana. Vaticano, 2013.
 | © Direito de imagen
1ª - autor desconhecido. 
2ª e 3ª - L'Osservatore Romano 
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