quarta-feira, 24 de agosto de 2016

7 curiosidades sobre Sua Santidade, o Papa Francisco

© Pixabay

 

1. Não assiste televisão

“Não assisto televisão desde 1990 (demora para responder). É uma promessa que fiz à Virgem do Carmo na noite de 15 de julho de 1990”.

 

2. Não navega na Internet

“Nada”. Assim respondeu quando lhe perguntaram se navegava em Internet.

 

3. Acompanha o time de San Lorenzo através de um guarda suíço

Nunca deixou de ser torcedor do San Lorenzo, equipe argentina campeã da Taça Libertadores de 2014, mas não vê os jogos de sua equipe porque não assiste televisão. Entretanto, mantém-se informado sobre a liga argentina graças a “um guarda suíço que a cada semana me informa os resultados e sua posição na tabela”.

 

4. Dorme 6 horas por noite e lê antes de dormir

“Tenho um sonho tão profundo que deito na cama e durmo rapidamente. Durmo seis horas. Normalmente me deito às nove e leio até aproximadamente às dez, quando meus olhos começam a lacrimejar, apago a luz e me levanto sozinho às quatro, é o relógio biológico”.

 

5. Faz uma sesta

Dormir seis horas não bastam. “Depois preciso da sesta. Tenho que dormir entre 40 minutos e uma hora, tiro meus sapatos e deito na minha cama. Durmo profundamente e também acordo sozinho. Os dias que não durmo a sesta, sinto falta deste momento”.

 

6. Precisa estar com as pessoas

“Não posso viver sem as pessoas, não sirvo para ser monge, por isso fiquei morando aqui (na Casa Santa Marta). Esta é uma casa de hóspedes, há 210 quartos, vivem aqui 40 pessoas que trabalham na Santa Sé e os outros são hóspedes, bispos, padres, leigos, que passam por aqui e ficam hospedados. E isso me faz muito bem. Ficar aqui, comer no refeitório, onde estão todas as pessoas, celebrar a Missa onde quatro dias por semana vem gente de fora, das paróquias… Eu gosto muito disso. Eu me tornei padre para estar com as pessoas. Agradeço a Deus que isso continue sendo assim”.

 

7. Considera-se cidadão “de alma”

O Papa assegura: “Sempre gostei de andar pelas ruas. Quando era Cardeal, adorava caminhar pelas ruas, andar de ônibus, metrô. Adoro a cidade, sou cidadão de alma”. E explicou que “não poderia viver na roça”. Talvez, por isso ainda sinta saudades de sair pela rua sem preocupações. “Disso sim eu tenho saudades, da tranquilidade de caminhar pelas ruas. Ou ir a uma pizzaria e comer uma boa pizza”.

|Publicado originalmente em:
ChurchPOP. (http://pt.churchpop.com/7-curiosidades-sobre-sua-santidade-papa-francisco/), 24 de agosto de 2016.

quarta-feira, 17 de agosto de 2016

Entendendo a Santa Missa parte por parte

 
© Domínio Público

Se você acha a Missa algo chato e tedioso, certamente é por que você não a conhece! Isso mesmo! "NINGUÉM AMA AQUILO QUE NÃO CONHECE", nos diz o padre Luiz Cechinato. Ele também nos lembra que a Santa Missa é como uma pedra preciosa toda empoeirada em um caminho, não é que a Missa esteja suja, mas esta pedra está em um caminho onde as pessoas passam e a chutam sem perceber que é uma pedra preciosa. Até que alguém para, olha a pedra, a limpa um pouco e percebe que é uma pedra preciosíssima! 

Assim também é a Missa! Vamos à Missa todos os Domingos, mas não percebemos, muitas vezes, sua preciosidade e grandíssima importância, tudo isso pelo fato de não a conhecermos!

E, aí? Vamos conhecer a Missa para melhor adorarmos a Deus?!

A Santa Missa é dividida em duas grandes partes: Liturgia da Palavra e Liturgia Eucarística. Dentro de cada parte há outras subdivisões para melhor entendermos os atos do Presidente da Celebração (padre) e da Assembleia Litúrgica (todos os fiéis leigos que participam da Santa Missa) a fim de que a Missa atinja seu objetivo principal de relembrar o Sacrifício da Cruz de nosso Senhor Jesus Cristo. É como se em todas as Missa nós tornássemos presentes todos os momentos da vida de Jesus. Na Liturgia da Palavra podemos observar seus ensinamentos e na Liturgia Eucarística todo o percurso do Calvário, sua Paixão, sua morte de cruz e sua gloriosa ressurreição.

1ª Grande parte da Santa Missa: LITURGIA DA PALAVRA

Ritos Iniciais

Os ritos iniciais dividem-se em seis momentos: a Procissão de Entrada, Saudação do Altar e da Assembleia, o Ato penitencial, Kýrie Eleison, o Hino do Glória e a Oração do Dia.

Procissção de Entrada

© PASCOM - Santuário do Carmo
A entrada inicia-se com uma procissão e um cântico de entrada ou com a antífona. O Missal diz que “a finalidade deste cântico é dar início à celebração, favorecer a união dos fiéis reunidos e introduzi-los no mistério do tempo litúrgico ou da festa, e ao mesmo tempo acompanhar a procissão de entrada do sacerdote e dos ministros”. É acolher o Cristo, Rei da Glória, que entra triunfante, e ao mesmo tempo é o Senhor carregando sua cruz para o calvário na pessoa do sacerdote (na foto, à direita, o padre, concelebrantes, os coroinhas, acólitos, cerimoniários e todos os outros ministros assistentes participam da Procissão de Entrada da Missa).

Saudação do Altar e da Assembleia
Neste momento, o padre sobe no presbitério e beija o altar em sinal de grande respeito e reverência a Cristo, que é representado pela pedra do altar. É o local do Sacrifício da Missa. É alí onde o padre oferece os dons a deus e os transforma, pela ação do Espírito Santo as espécies do pão e vinho em Corpo e Sangue do Senhor.

A Assembleia também é saudada a fim de que, assim como Jesus, o padre que age na pessoa de Cristo Cabeça (é o próprio Cristo na Santa Missa) também ofereça e deseje que todos os presentes tenham a paz restauradora de Deus. Que todos tenham a certeza da presença do Senhor.

Ato penitencial
Para participarmos dignamente dos Santos Mistérios, devemos pedir perdão a Deus por todas as nossas faltas. Após o Ato penitencial, canta-se o Kýrie Eleison, é um termo grego que significa “Senhor, Vós sois misericórdia”. Trata-se de um canto onde os fiéis aclamam o poderio de Deus e imploram sua misericórdia, é normalmente executado por todos, em forma alternada entre o povo e o coro ou um cantor, quando se canta apenas o Kýrie, reza-se antes a oração do "Confesso". Há outros modelos de se pedir perdão na Santa Missa contidos em um livro chamado Missal Romano.

Hino de Louvor (Hino do Glória)
“O Glória é um antiquíssimo e venerável hino com que a Igreja, congregada no Espírito Santo, glorifica e suplica a Deus e ao Cordeiro. Não é permitido substituir o texto deste hino por outro.” – diz a Instrução Geral do Missal Romano. O glória é o momento de reconhecer a divindade, o poder, a majestade de Deus e do Cordeiro Imolado, tudo isso no Espírito Santo.

Canta-se ou recita-se nos domingos fora do Advento e da Quaresma, bem como nas solenidades e festas, e em particulares celebrações mais solenes.

Oração de Coleta (Oração do Dia)
Concluindo os ritos iniciais temos a oração de coleta. Nesta oração o sacerdote recolhe as intenções nos corações dos fiéis e no coração dele mesmo, e unido aos da Igreja, que será oferecida ao Pai. Então o sacerdote diz a oração que se chama “Coleta”, pela qual se exprime o carácter da celebração.

Liturgia da Palavra (1ª Leitura, Salmo, 2ª Leitura, Aclamação ao Evangelho, Leitura do Evangelho, Homilia, Profissão de Fé e Oração dos Fiéis) 

A liturgia da Palavra é o momento de ouvirmos o Senhor falar. O Missal afirma que “Nas leituras, comentadas pela homilia, Deus fala ao seu povo, revela-lhe o mistério da redenção e salvação e oferece-lhe o alimento espiritual. Pela sua palavra, o próprio Cristo está presente no meio dos fiéis”. Devemos participar deste momento com total silêncio, reverência e atenção, pois através dos leitores e do sacerdote, Deus está falando aos nossos corações, clamando pela nossa conversão. Neste momento não é apenas uma releitura de algo passado, mas as escrituras ganham vida e se tornam presentes. 

© PASCOM - Santuário do Carmo
A liturgia da palavra se divide em partes: Primeira leitura, geralmente do Antigo Testamento; um salmo de reflexão que responde à leitura feita; aos domingos e solenidades também há uma segunda leitura do Novo Testamento. O ápice da liturgia da palavra e com toda a solenidade e reverência à leitura dos Santos Evangelhos. Nele, o padre ou diácono, é o próprio Cristo que fala com seu povo (na foto, à direita, o diácono proclama o Evangelho na Santa Missa), e, em seguida, o padre explica as leituras através da Homilia.

O povo faz sua parte desta palavra divina com o silêncio e com os cânticos e a ela adere com a profissão de fé. Assim alimentado, eleva a Deus as suas preces na oração universal pelas necessidades de toda a Igreja e pela salvação do mundo inteiro. 


2ª Grande parte da Santa Missa: LITURGIA EUCARÍSTICA
 

Liturgia Eucarística

A liturgia Eucarística é a parte principal da Missa, onde o padre, pelo poder do Espírito, torna presente o Sacrifício da Cruz do Senhor. A partir do ofertório entramos no Calvário do Senhor, estamos aos pés da cruz implorando ao Pai e oferecendo à Ele os méritos da Morte, Ressurreição e Ascensão de Cristo.

O Ofertório
No ofertório são levados ao altar pão e vinho, os mesmos elementos que o Senhor usou na última ceia e o que ele afirmou que ele mesmo era o pão da vida e que o vinho era o seu sangue, sangue da nova e eterna aliança.

© Pixabay
O Missal ainda diz que o “sacerdote pode incensar os dons colocados sobre o altar, depois a cruz e o próprio altar. Deste modo se pretende significar que a oblação e oração da Igreja se elevam, como fumo de incenso, à presença de Deus… Depostas as oblatas sobre o altar e realizados os ritos concomitantes, o sacerdote convida os fiéis a orar juntamente consigo e recita a Oração sobre as Oferendas. Assim termina a preparação dos dons e tudo está preparado para a Oração Eucarística”.

Oração Eucarística
A Oração Eucarística é o momento mais grave da Santa Missa, onde o sacerdote traz Deus para nós. Depostas as oblatas sobre o altar e realizados os ritos concomitantes, o sacerdote convida os fiéis a orar juntamente consigo e recita a oração sobre as oblatas. Assim termina a preparação dos dons e tudo está preparado para a Oração eucarística. 

© PASCOM - Santuário do Carmo
Nela, através de Cristo que se dá por nós, mergulhamos no mistério da Santíssima Trindade, mistério da nossa salvação: “A Oração Eucarística é o centro e ápice [ponto mais alto] de toda celebração, é prece de ação de graças e santificação. O sacerdote convida o povo a elevar os corações ao Senhor na oração e na ação de graças e o associa à prece que dirige a Deus Pai por Jesus Cristo em nome de toda comunidade. O sentido desta oração é que toda a assembleia se una com Cristo na proclamação das maravilhas de Deus e na oblação do sacrifício” (IGMR, 54).

Há várias Orações Eucarísticas, quatro principais e outras dez para diversas ocasiões e necessidades. As Orações Eucarísticas estão divididas em:
a) Ação de graças: é o louvor à Deus expresso principalmente no Prefácio.
b) Aclamação: onde o povo canta o Sanctus (Santo, Santo, Santo é o Senhor dos Exércitos. Céu e Terra estão cheios de Sua Glória).
c) Epíclese: onde o sacerdote invoca o poder do Espírito Santo sobre as oferendas.
d) Narração da instituição e consagração: pela ação do Espírito, e através das palavras de consagração, o que era pão deixa de ser pão e o que era vinho deixa de ser vinho e se tornam o corpo e o sangue de Cristo.
e) Anamnese: em obediência a este mandato, recebido de Cristo Senhor através dos Apóstolos, a Igreja celebra a memória do mesmo Cristo, recordando de modo particular a sua bem-aventurada paixão, gloriosa ressurreição e ascensão aos Céus.
f) Oblação: neste memorial, a Igreja, de modo especial aquela que nesse momento e nesse lugar está reunida, oferece a Deus Pai, no Espírito Santo, a hóstia imaculada.
g) Intercessões: A igreja levanta ao Pai seu clamor, através do sacrifício de Cristo.
h) Doxologia: é onde se exprime a glorificação de Deus e é ratificada e concluída pela aclamação "Amém" do povo. É o momento mais importante de intimidade do sacerdote com Deus, pois é a oportunidade de oferecer a Deus todo o Sacrifício Celebrado por Cristo, com Cristo e em Cristo. Tudo é pelo Cristo!
Rito da Comunhão
É a preparação para o banquete do Cordeiro. “A celebração eucarística é um banquete pascal. Convém, por isso, que os fiéis, devidamente preparados, nela recebam, segundo o mandato do Senhor, o seu Corpo e Sangue como alimento espiritual. É esta a finalidade da fração e dos outros ritos preparatórios, que dispõem os fiéis, de forma mais imediata, para a Comunhão”. Ela está dividida em Oração Dominical, Rito da Paz, Fração do Pão e comunhão. 

A Oração dominical ou "Pai Nosso" é um grande momento de oração dentro da Santa Missa, nela, suplicamos ao Pai com a oração perfeita, feita e ensinada pelo próprio Senhor. Ao contrário dos outros momentos, a oração do “Pai Nosso”, na Missa, não é concluída pelo "Amém", ou seja, não se fala amém depois dessa oração na Missa. O "Amém" só virá após a oração "Senhor Jesus Cristo, dissestes aos vossos apóstolos..."

O Rito da Paz “no qual a Igreja implora a paz e a unidade para si própria e para toda a família humana, e os féis exprimem uns aos outros a comunhão eclesial e a caridade mútua, antes de comungarem no Sacramento”. Neste momento não podemos perder o foco e cumprimentar os mais próximos a nós de maneira ordeira e ainda em profunda reverência ao Senhor que está sobre o altar.

A fração do Pão é feita acompanhada do “Agnus Dei”, o "Cordeiro de Deus". Esta oração é a mesma feita pelos eleitos no Apocalipse, o que exprime a profunda comunhão entre a Igreja triunfante com a Igreja militante. A fração do Pão significa que todos os fiéis, apesar de muitos são e participam do mesmo corpo. 


© L'Osservatore Romano
A comunhão é o momento sagrado de consumação do Sacrifício, através dela cumpre-se a promessa de Nosso Senhor no Evangelho de São João: "Eu sou o pão vivo que desceu do céu. Quem comer deste pão viverá eternamente. E o pão, que eu hei de dar, é a minha carne para a salvação do mundo" (Jo 6,51). Para receberem o precioso Corpo e Sangue do Senhor, os fiéis devem exprimir um ato de adoração antes de fazê-lo: ou uma reverência, ou uma genuflexão ou recebem o Senhor de joelhos, como já se faz por tradição antiquíssima. A comunhão na mão também é possível, mas deve-se ter muito cuidado para não deixar que nenhum fragmento caia no chão. É muito salutar receber a Eucaristia, ajoelhado e na boca, para evitar que qualquer fragmento se perca e também consubstancia grande reverência e profunda admiração de quem comunga para com nosso Senhor Jesus Cristo. Cristo é o motivo de todo nosso ser.Ele é a fonte de graça a fim de participarmos dos bens celestes, ele merece toda nossa expressão de amor!

E, "Para completar a oração do povo de Deus e concluir todo o rito da Comunhão, o sacerdote diz a oração depois da Comunhão, na qual implora os frutos do mistério celebrado".

Ritos Finais
Nos Ritos Finais, encontramos:
© L'Osservatore Romano
  1. Avisos breves, se forem necessários;
  2. Saudação e bênção do sacerdote, a qual, em certos dias e em ocasiões especiais, é enriquecida e amplificada com uma oração sobre o povo ou com outra fórmula mais solene de bênção (na foto, à direita, o Papa Francisco dá a Bênção Solene no final da Missa a todos os presentes).
  3. Despedida da assembleia, feita pelo diácono ou sacerdote. A fim de iniciarmos nossa missão como Cristãos naquela semana, até a próxima Santa Missa.

Agora você já pode participar da Santa Missa tendo um amplo conhecimento de seu significado e maior compreensão dos atos do sacerdote e dos fiéis leigos.

Lembre-se: "Ninguém ama aquilo que não conhece!", se você ficou com dúvida ou não compreendeu, pergunte a um catequista, converse com um padre, busque se informar, pois A SANTA MISSA É UMA PEDRA MUITO PRECIOSA PARA SER DEIXADA ROLANDO DE UM LADO PARA OUTRO EM UM CAMINHO QUALQUER!
 

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|Referência Bibliográfica:
Instrução Geral do Missal Romano (IGMR) - Edição Típica Vaticana para a língua portuguesa - Roma 2002
|Textos adaptados:
ChurchPOP. Acesso em 17 de agosto de 2016.

 

domingo, 14 de agosto de 2016

São Tarcísio: a emocionante história do menino que deu sua vida para evitar que profanassem a Eucaristía


Vitral de São Tarcísio - Domínio Público
Todos sabemos que os primeiros cristãos perdiam suas vidas por não renegar sua fé. E essa valente convicção também tinham as crianças! Na história tiveram crianças que também foram martirizadas por causa de sua fé. Este é o caso de São Tarcísio, um menino de 11 anos que deu sua vida para evitar que profanassem a Eucaristia.


São Tarcísio foi uma criança cristã que viveu em Roma no final do século III em um contexto muito complicado para os crentes. O Imperador Valeriano se convenceu de que os cristãos eram inimigos do império e impôs leis para fazer suas vidas impossível.


“[…] Os bispos, presbíteros e diáconos devem ser imediatamente executados; os senadores, nobres e cavaleiros, deixam de ser dignos do título, devem ser privados de seus bens, e se ainda assim continuarem sendo cristãos, sofrerão a pena capital. Parteiras, despojada de sua propriedade, sejam banidas. Todos os libertos de César que antes ou agora tenham professado a fé, terão seus bens confiscados, e com o registro [marca de metal] no pescoço, sejam enviados a servir os domínios estatais.”  Caesar Publius Licinius Valerianus Augustus.


Esta lei fez com que o próprio Papa Estevão I fosse capturado e martirizado diante de muitas testemunhas. O pequeno Tarcísio esteve presente naquele trágico dia e a imagem ficou fortemente guardada em sua alma. Desde então ele passou a sonhar em dar sua vida pela fé ao ponto de dizer “oxalá fosse mesmo hoje.”


Algum tempo depois São Sixto II, sucessor de Estevão I, se encontrava celebrando a Santa Missa nas Catacumbas e veio em seu coração um profundo amor pelos cristãos encarcerados que não podiam ser fortalecidos espiritualmente por encontrar-se privados da Santa Eucaristia. Por isso, perguntou se entre os assistentes se encontrava algum valente que se atreveria a levar para eles o Corpo de Cristo. Muitas mãos se levantaram, a dos anciãos, alguns jovens e até crianças! Todos estavam dispostos a morrer levando a Eucaristia a seus irmãos.


São Tarcísio - Domínio Público
Entre a multidão também se levantou a mão do pequeno Tarcísio. Isto comoveu o Papa.


– Você também, meu filho?, perguntou o santo padre.


– E por que não, Padre? Ninguém suspeitará dos meus poucos anos.


Diante de tanta convicção, o Papa guardou as hóstias consagradas em um relicário e as entregou a Tarcísio e este saiu rapidamente a cumprir sua missão sabendo que estava arriscando sua vida.


No caminho foi interceptado por outros meninos que não acreditavam em Jesus.


– Oi, Tarcísio, joga conosco. Precisamos de mais um.


– Não, não posso. Outra hora talvez, disse enquanto apertava suas mãos com fervor sobre seu peito.


– Deixe-nos ver, deixa. O que está levando escondido aí? Deve ser isso que os cristãos chamam “Os Mistérios”. 


Foi então que houve uma luta. Alguns derrubaram o pequeno Tarcísio e pisaram em seu peito para tentar tirar o que ele levava. Outros meninos atiravam pedras, mas Deus fez um milagre para que seus braços ficassem completamente fechados e não pudesse abrir.


Minutos depois, passou por ali um soldado convertido ao cristianismo chamado Quadrado, que conhecia Tarcísio. Ao ver a cena, correu  para ajudá-lo e os demais meninos fugiram. O soldado tomou o menino e o levou em seus ombros até as catacumbas de São Calixto na Via Appia, mas ao chegar o pequeno já estava morto.




Anos mais tarde o Papa São Damaso escreveu “querendo de São Tarcísio  almas brutais arrancar a Eucaristia, preferiu estregar sua tenra vida aos mistérios celestiais.”


A festa de São Tarcísio é comemorada no dia 15 de agosto e ele é conhecido como o padroeiro dos coroinhas.


|Adadaptado de:
ChurchPOP. (http://pt.churchpop.com/emocionante-historia-do-menino-que-deu-sua-vida-para-evitar-que-profanem-eucaristia/), 07 de julho de 2016.

segunda-feira, 8 de agosto de 2016

12 coisas sobre o escapulário de Nossa Senhora do Carmo que talvez você não saiba


http://www.caixaderetalhos.com.br/wp-content/uploads/2015/07/vitral-n_S_Carmo1.jpg
©Domínio Público - Mãe do Carmo






“A devoção do Escapulário do Carmo fez descer sobre o mundo copiosa chuva de graças espirituais e temporais”, disse o Papa Pio XII. Conheça aqui 12 chaves para quem usa este objeto religioso.

1. Não é um amuleto

Não é um amuleto nem nenhuma garantia automática de salvação ou uma dispensa para não viver as exigências da vida cristã. “Perguntas: e se eu quiser morrer com meus pecados? Eu te respondo, então morrerá em pecado, mas não morrerá com teu escapulário”, advertia São Cláudio de la Colombière.

 

2. Era uma veste

Escapulário vem do latim “scapulae” que significa “ombros” e originalmente era uma veste sobreposta que caia dos ombros, usada pelos monges no trabalho. Os carmelitas o assumiram como mostra de dedicação especial à Virgem, buscando imitar sua entrega a Cristo e ao próximo.

3. É um presente da Virgem

Segundo a tradição, o escapulário, tal como se conhece atualmente, foi dado pela própria Virgem Maria a São Simão Stock em 16 de julho de 1251. A Mãe de Deus lhe disse: “Deve ser um sinal e privilégio para ti e para todos os Carmelitas: Aquele que morrer usando o escapulário não sofrerá o fogo eterno”. Posteriormente, a Igreja estendeu este escapulário aos leigos.

4. É um mini hábito

É como um hábito carmelita em miniatura que todos os devotos podem portar como mostra de sua consagração à Virgem. Consiste em um cordão que se coloca no pescoço com duas peças pequenas de tecido cor de café. Uma das peças fica sobre o peito e a outra sobre as costas e se costuma usar sob a roupa.

5. É sinal de serviço

Santo Afonso Maria de Ligório, doutor da Igreja, dizia: “Assim como os homens ficam orgulhosos quando outros usam a sua insígnia, assim a Santíssima Virgem se alegra quando os seus filhos usam o escapulário como sinal de que se dedicam ao seu serviço e são membros da família da Mãe de Deus”.

 

6. Tem três significados

O amor e o amparo maternal de Maria, a pertença a Nossa Senhora e o suave jugo de Cristo que Ela nos ajuda a levar.

 

7. É um sacramental

É reconhecido pela Igreja como um sacramental. Ou seja, um sinal que ajuda a viver santamente e a aumentar nossa devoção. O escapulário não comunica graças como fazem os Sacramentos, mas sim dispõe ao amor do Senhor e ao arrependimento se recebido com devoção.

8. Pode ser dado a um não católico

Certo dia, levaram a São Stock um ancião moribundo, que ao recuperar a consciência disse ao santo que não era católico, que usava o escapulário como promessa a seus amigos e que rezava uma Ave Maria diariamente. Antes de morrer, recebeu o batismo e a unção dos enfermos.

9. Foi visto em uma aparição de Fátima

Lúcia, a vidente da Virgem da Fátima, contou que na última aparição (outubro de 1917), Maria apareceu com o hábito carmelita e o escapulário na mão e voltou a pedir que seus verdadeiros filhos o levassem com reverência. Deste modo, pediu que aqueles que se consagrem a Ela o usem como sinal desta consagração.

10. O escapulário que não se danificou

O Beato Papa Gregório X foi enterrado com seu escapulário e 600 anos depois, quando abriram sua tumba, o objeto mariano estava intacto. Algo semelhante aconteceu com Santo Afonso Maria de Ligório. São João Bosco e São João Paulo II também o usavam e São Pedro Claver investia com o escapulário os que convertia e preparava.

11. Não é qualquer um que o pode impor

A imposição do escapulário deve ser feita preferivelmente em comunidade e que na celebração fique bem expresso o sentido espiritual e de compromisso com a Virgem. O primeiro escapulário deve ser abençoado por um sacerdote e posto sobre o devoto com a seguinte oração.
“Recebe este santo Escapulário como sinal da Santíssima Virgem Maria, Rainha do Carmelo, para que, com seus méritos, o uses sempre com dignidade, seja tua defesa em todas as adversidades e te conduza à vida eterna”.

12. Só se abençoa o primeiro que recebe

Quando se abençoa o primeiro escapulário, o devoto não precisa pedir a bênção para escapulários posteriores. Os já gastos, se foram abençoados, não devem ser jogados no lixo, mas podem ser queimados ou enterrados como sinal de respeito.

|Publicado originalmente em:
ACI Digital. (http://www.acidigital.com/noticias/12-chaves-para-usar-o-escapulario-de-nossa-senhora-do-carmo-58731/), 08 de agosto de 2016.


© Domínio Público

segunda-feira, 1 de agosto de 2016

Volta aos Encontros de Catequese neste 2º semestre de 2016

 
SANTUÁRIO NOSSA SENHORA DO CARMO CURITIBA - PR
PASTORAL DA CATEQUESE
   
ATENÇÃO!

No dia 06/08,
próximo sábado,
voltam os Encontros de Catequese!
  Com muito entusiasmo iniciaremos este 2º semestre de 2016!
 
Os encontros continuarão normalmente, aos sábados, das 14h às 15h30, na mesma sala.
 
Falta pouco para a grande Festa da Eucaristia! 
Aguardo vocês!
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